O Parque Histórico e Arqueológico de Iguassú Velha, situado na área do Tinguá, em Nova Iguaçu, abriu suas portas para uma celebração significativa: o Dia da Baixada Fluminense, que ocorre em 30 de abril. Nesta quarta-feira, a Prefeitura organizou uma visita guiada às obras de revitalização da antiga Vila de Iguassú, coração da Baixada Fluminense. Além das edificações que compõem a história da localidade, os visitantes puderam explorar o futuro Museu de Arqueologia e Etnologia de Nova Iguaçu (MAE/NI).
Este será o primeiro museu da Baixada Fluminense e o terceiro no Brasil dedicado à Arqueologia e Etnologia. Os outros estão localizados na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal do Paraná (UFPR). As obras do MAE/NI tiveram início em janeiro deste ano, em meio às festividades do 192º aniversário de Nova Iguaçu, conhecida como a cidade-mãe da Baixada.
O tour de hoje foi conduzido pelo historiador e secretário municipal de Cultura de Nova Iguaçu, Marcus Monteiro, que apresentou ao público as obras do museu, bem como da sede do parque, que abriga uma exposição com artefatos coletados durante as escavações na antiga Câmara e Cadeia de Iguassú.
“Esperamos que o museu seja inaugurado ainda este ano. Ele irá acomodar alguns dos mais de 200 mil vestígios arqueológicos já extraídos do solo do parque pela nossa equipe de Superintendência de Pesquisas Arqueológicas”, revelou Marcus Monteiro.
A sede do Parque Histórico e Arqueológico de Iguassú Velha e o Museu de Arqueologia e Etnologia de Nova Iguaçu estão sendo construídos no Largo da Piedade, próximos a importantes edificações históricas, como a Estrada Real do Comércio, que foi a principal via do Brasil entre 1830 e 1860, a Torre Sineira da antiga Igreja da Matriz, o Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e dos Homens Pretos, além do Cemitério da antiga Vila de Iguassú, que ainda está em operação.
A apenas um quilômetro dali, ainda é possível localizar o antigo Porto Iguassú e o sítio arqueológico da antiga Câmara e Cadeia, a maior casa de Câmara e Cadeia da província do Rio de Janeiro no início da década de 1830, quando Iguassú se destacava como a vila mais relevante.
“Estamos revitalizando a vila e planejamos implementar muitos projetos, feiras, encontros e festivais. Nas proximidades, teremos pousadas, restaurantes e toda a infraestrutura necessária para receber os turistas que desejam conhecer o berço da Baixada”, assegurou o secretário municipal de Cultura.