“É imprescindível implementarmos iniciativas como esta em todas as unidades de saúde, habilitando os profissionais para reconhecer os sinais da enfermidade e iniciar o tratamento de maneira precoce. Mantemos a programação de eventos, que já aconteceu em nossos hospitais e está sendo realizada também nas clínicas de atenção primária”, afirmou Luiz Carlos Nobre Cavalcanti, secretário municipal de Saúde.
A hanseníase é transmitida majoritariamente através do contato aéreo, por meio de gotículas respiratórias liberadas ao tossir ou espirrar. O risco de contágio se eleva com o contato prolongado, especialmente em contextos familiares ou entre indivíduos com predisposição genética à enfermidade.
“Quando atendemos um paciente diagnosticado com hanseníase, avaliamos igualmente seus familiares e realizamos os exames necessários. Os casos confirmados recebem tratamento imediato, mas os pacientes são acompanhados por até cinco anos para prevenir o desenvolvimento da doença,” elucidou Lígia Domingos, gerente do Programa de Doenças Crônicas da SEMUS e palestrante de um dos eventos.
O Janeiro Roxo revelou-se cada vez mais crucial para aumentar a conscientização sobre os perigos associados à enfermidade. Como salienta Vera Lúcia, coordenadora da Hanseníase na Vigilância Epidemiológica do Centro de Saúde Vasco Barcelos, que está atuando na área há 14 anos.
“É uma oportunidade significativa para discutir a hanseníase. Embora essa enfermidade seja um tópico constante em nosso trabalho, ela ainda é amplamente ignorada. Este mês é essencial para sensibilizar a população de que, quanto mais precoce for o diagnóstico, mais simples se torna o tratamento,” declarou.
O tratamento da hanseníase é gratuito e disponibilizado pelo SUS, com um período mínimo de duração de seis meses. Em Nova Iguaçu, os pacientes recebem acompanhamento nas unidades básicas de saúde dos bairros Paraíso, Boa Esperança, Nova América e Corumbá, além do Centro de Saúde Vasco Barcelos. Atualmente, 68 pacientes estão em tratamento no município.
