“Iniciamos o projeto pedagógico na E. M. Professora Eliana Martins Maia, porém nossa ambição é expandi-lo para todas as demais unidades e, assim, avançar cada vez mais na educação inclusiva com a ampliação da língua LIBRAS em nosso município”, afirmou a secretária da SEMED, Virgínia Rocha.
Além de favorecer alunos surdos, a utilização da LIBRAS também demonstrou ser eficaz para estudantes com deficiência. “Essa abordagem pedagógica de aprendizado tem se revelado essencial, por exemplo, para alunos com autismo que não se comunicam verbalmente. Com essa iniciativa, eles conseguem se expressar de forma mais efetiva”, elucidou a coordenadora da Educação Especial Inclusiva de Nova Iguaçu, Nathália Araujo de Sá.
O projeto pedagógico da Escola Bilíngue Português e LIBRAS foi desenvolvido dentro da própria E. M. Professora Eliana Martins Maia e será multiplicado pela SEMED em outras instituições da rede municipal. O diretor-geral da unidade, Thiago Jorge Oliveira Dias, relata que tudo começou quando os educadores notaram que uma aluna ouvinte enfrentava dificuldades de aprendizagem.
“Por alguma razão, ela tinha dificuldades para ser alfabetizada. Ao realizarmos uma apresentação em coral de LIBRAS, percebemos que ela começou a progredir e a aprender. Desse modo, surgiu a ideia de implementar o projeto na escola e apresentamos a proposta à SEMED”, declarou Thiago.
Mãe das alunas Mirela e Manuela, a dona de casa Bruna Villas Boas de Jesus, de 32 anos, considera essencial que as instituições de ensino ensinem LIBRAS aos alunos, mesmo aqueles sem deficiência, como um meio de promover a inclusão.
“Pode ser que um dia minhas filhas precisem interagir com alguém que se comunique exclusivamente por LIBRAS, então aprender essa língua é extremamente importante. Elas apreciam muito as aulas e chegam em casa felizes, compartilhando o que aprenderam com o professor”, complementou Bruna.
