“Sempre observei pessoas próximas que eram auxiliares de enfermagem e isso me motivava. Iniciei como assistente e, gradualmente, desenvolvi minha paixão. Completei a faculdade e me tornei enfermeira”, relatou.
Outro que compartilha essa sensação é Eliane Carvalho, de 62 anos, enfermeira nos setores de internação para pacientes ginecológicos e ortopédicos. Ela ingressou no HGNI em 1999 e acumula mais de 20 anos de vivência na área.
“Nós fazemos de tudo aqui. Acolhemos, oferecemos apoio psicológico, orientamos… Eu diria que o acolhimento é a característica central da enfermagem. O paciente está longe de sua residência, fora da sua zona de conforto. Precisamos garantir que ele se sinta mais confortável para aceitar esse novo ambiente”, enfatizou.
O mês dedicado à enfermagem é também uma data significativa para os técnicos de enfermagem, como Daise Luci, de 63 anos. Desde 2001 no HGNI, ela já trabalhou em diversas áreas, como clínica médica, cirúrgica, salas verde e vermelha, e atualmente atua no Hospital Dia, setor de atendimento ambulatorial para casos de baixa e média complexidade. Conforme ela, os fundamentos que sustentam sua trajetória são a dedicação ao cuidado e a empatia no atendimento.
“Sempre ressalto que o paciente é o amor de alguém. Devemos ter respeito pelo próximo e tratá-lo com carinho. Ver o paciente saindo para casa agradecido por ter recebido um bom atendimento deve ser o objetivo de todo enfermeiro”, afirmou Daise, emocionada.
No decorrer de suas trajetórias, as três profissionais vivenciaram momentos memoráveis, mas também enfrentaram grandes dificuldades — sendo a maior delas a pandemia de Covid-19. Neste período, a enfermagem teve que demonstrar mais do que competência técnica: foram necessárias coragem e uma enorme resiliência.
“O período da pandemia foi o mais desafiador de toda a minha carreira. Estar no ambiente hospitalar, enxergar os óbitos aumentarem a cada dia, perder colegas que trabalhavam conosco… sem dúvida, foi o momento mais complexo de administrar”, recorda Mara Lucia.
Apesar das dificuldades, histórias como as de Mara Lucia, Eliane e Daise mostram que a enfermagem vai além de uma simples profissão: é um ato diário de comprometimento e humanidade. São profissionais como elas que mantêm viva a missão de cuidar — mesmo nos momentos mais desafiadores.