“A mulher que é alvo de uma abordagem agressiva pode aprender a se desvencilhar quando é puxada pelo cabelo, pelo braço ou até em uma situação de estrangulamento. Ela deve estar preparada e treinada”, declarou a educadora física e especialista em Defesa Pessoal Feminina, Andreza Martins, atleta de kickboxing e muay thai. A professora também fez alguns alertas. “Freqüentemente, existe a violência doméstica e familiar, que ocorre dentro do lar, o que torna os pedidos de ajuda mais difíceis. Nossa aula não é destinada a reagir a assaltos, mas sim a se defender de uma agressão”, assegurou.
A estudante Sthefanny Jeane, de 16 anos, é uma das alunas mais jovens. Residente do bairro Vila Nova, ela relata que as aulas têm transformado sua percepção em relação à segurança nas ruas. “Combinando o treinamento de defesa pessoal com muay thai, hoje sei como me proteger de maneira mais eficaz. Se alguém puxar meu cabelo, por exemplo, já sei como reagir. Nunca enfrentei uma situação desse tipo, mas agora me sinto mais alerta e pronta”, comenta.
Além das aulas, Nova Iguaçu disponibiliza diversos serviços de apoio para mulheres em situação de violência, como o CEAM (Centro Especializado de Atendimento à Mulher) e a Sala Lilás, que oferecem acolhimento humanizado, orientação jurídica e apoio psicológico.
As aulas de defesa pessoal são disponibilizadas ao longo do ano pela Prefeitura de Nova Iguaçu, como parte das iniciativas contínuas de promoção da segurança e autonomia feminina.
As inscrições para as aulas de Defesa Pessoal Feminina, que ocorrem às terças e quintas-feiras, das 15h às 16h, devem ser realizadas na primeira semana de cada mês, na Vila Olímpica de Nova Iguaçu, na Rua Luís de Lima 288, no Centro. Atualmente, existem 750 alunos matriculados em todas as escolas de esportes da Vila Olímpica.









