SAMU de Nova Iguaçu alcança 12.500 atendimentos em 2025; salvamento de recém-nascido se torna símbolo de esperança

O ano de dois mil e vinte e cinco tem se mostrado repleto de empenho para as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Nova Iguaçu. De janeiro a maio deste ano, o SAMU executou mais de 12.500 atendimentos, representando um crescimento de 23,9% em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior, com 2.414 ocorrências adicionais. Desde 2021, já foram realizadas mais de 80 mil assistências. Entre os casos, que incluem acidentes graves, infartos, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e emergências pediátricas, o que mais impactou a equipe foi o caso de Anthony Santana da Rosa Alves.

No dia 22 de março, aos 17 dias de vida, ele foi rapidamente levado pelos pais à base do SAMU no centro. Após engasgar em casa, o bebê ficou aproximadamente três minutos sem conseguir respirar. O atendimento imediato das enfermeiras Clarissa Rodrigues Velasque e Thaís Kibaltchich foi fundamental: elas realizaram com sucesso a manobra para desobstruir as vias aéreas de Anthony. O choro do recém-nascido indicou que ele havia recuperado a respiração, proporcionando alívio imediato aos pais.

“Foi um momento aterrorizante ver meu filho sem respirar. É algo que ficará na minha memória para sempre. As profissionais do SAMU foram verdadeiros anjos”, expressou Fernanda da Rosa, mãe do bebê.

Ao desembarcar do carro na base do SAMU com o esposo, Fernanda abriu a porta traseira, se ajoelhou e se agarrou à sua fé. “Eu só conseguia implorar a Deus pela salvação do meu filho. Saí com os joelhos machucados”.

O pai, Antônio Carlos Alves, relembra o instante em que optou por alterar o percurso em direção ao hospital ao avistar a base do SAMU: “Não hesitei em parar aqui. A equipe nos atendeu de imediato. Depois de toda a manobra para desengasgar meu filho, as enfermeiras informaram que ele havia ficado quase três minutos sem respirar.”

Agora, com três meses de vida, Anthony está em boas condições de saúde, e sua história se tornou um símbolo do trabalho dos profissionais na rede de emergência da cidade.

“Nova Iguaçu tem investido na atualização da frota de ambulâncias, na ampliação da competência técnica e na reestruturação das bases do SAMU. O serviço tem se mostrado cada vez mais eficaz e ágil no atendimento à população”, ressaltou o secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.

No momento, a cidade possui sete bases do SAMU — Centro, Vila de Cava, Tinguá, Santa Rita, Comendador Soares, Austin e Patrícia Marinho, no bairro Jardim Guandu — o que proporciona uma resposta mais célere às demandas de urgência. A frota é composta por 13 viaturas, sendo três unidades avançadas equipadas para situações de alta complexidade e dez unidades básicas, dotadas de material para primeiros socorros.

Treinamento contínuo dos socorristas

Casos como o de Anthony não apenas mobilizam a equipe, mas também promovem melhorias. “Após o incidente, reforçamos a capacitação de toda a equipe. Todos devem estar preparados para agir”, contou a enfermeira socorrista Clarissa Rodrigues, que também já enfrentou uma situação semelhante com sua filha recém-nascida.

Segundo o diretor médico do SAMU de Nova Iguaçu, Gustavo Nobre, os profissionais participam de treinamentos semanais para assegurar um atendimento eficaz. “Realizamos um treinamento contínuo para capacitar nossos socorristas a atender vítimas de traumas e lidar com situações complexas, como a ressuscitação cardiopulmonar, frequentemente necessária dentro da ambulância.”

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