O mês de maio, que traz as comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro (12 de maio) e do Dia Nacional do Técnico de Enfermagem (20 de maio), foi repleto de homenagens, emoção e reconhecimento a estes profissionais que consagram suas vidas ao cuidado com os outros. No Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), destacam-se histórias de comprometimento e empatia, como as das enfermeiras Mara Lucia e Eliane Carvalho, além da técnica de enfermagem Daise Luci. Juntas, elas acumulam 77 anos de experiência na instituição, refletindo a essência da enfermagem: responsabilidade, humanidade e resiliência.
Mara Lucia, com 57 anos e 28 deles dedicados ao HGNI, é a mais veterana do grupo. Sua jornada na principal emergência da Baixada Fluminense começou em 2 de fevereiro de 1997, vivenciando momentos marcantes — desde as transformações estruturais do hospital até o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ao recordar sua trajetória, ela compartilha os motivos que a levaram a escolher essa carreira:
“Sempre observava pessoas próximas que eram técnicas de enfermagem, e isso me inspirava. Comecei como auxiliar e, gradualmente, me apaixonei. Fiz faculdade e me tornei enfermeira”, revelou. Atualmente, atua no ambulatório da unidade e descreve com simplicidade o objetivo de seu trabalho. “Nosso maior prazer é ver um paciente entrar e, posteriormente, receber alta. Vê-lo deixar o hospital saudável e acompanhado da família é a maior recompensa”.
Eliane Carvalho, de 62 anos, também compartilha desse sentimento. Enfermeira nos setores de internação ginecológica e ortopédica, ela começou a sua trajetória no HGNI em 1999, acumulando mais de 20 anos de experiência. “Aqui, fazemos de tudo: acolhemos, oferecemos apoio psicológico, orientamos… O acolhimento é a principal característica do enfermeiro. O paciente se encontra longe de casa, fora de sua zona de conforto. É fundamental fazê-lo sentir-se mais à vontade para se adaptar a esse novo ambiente”, enfatizou.
O mês da enfermagem também é uma ocasião de celebração para os técnicos de enfermagem, como Daise Luci, de 63 anos. Desde 2001 no HGNI, ela já atuou em várias áreas, incluindo clínica médica, cirúrgica, salas verde e vermelha, e atualmente está no Hospital Dia, setor de atendimento ambulatorial para casos de baixa e média complexidade. Segundo ela, os pilares de sua carreira são a dedicação ao cuidado e a empatia no atendimento.
“Eu sempre ressalto que o paciente é alguém amado. Precisamos ter respeito pelo próximo e tratá-los com carinho. Ver um paciente ir para casa agradecido por ter recebido um bom atendimento deve ser o objetivo de todo enfermeiro”, enfatizou Daise, comovida.
Ao longo de suas jornadas, as três profissionais viveram experiências memoráveis, mas também enfrentaram grandes desafios — sendo a pandemia de Covid-19 o mais significativo. Durante esse período, a enfermagem necessitou demonstrar mais do que habilidades técnicas: foram exigidos coragem e resiliência.
“O período da pandemia foi o mais complicado de toda a minha carreira. Estar no hospital, presenciar o aumento de óbitos a cada dia, perder amigos que trabalhavam conosco… definitivamente, foi o momento mais difícil de gerenciar”, recorda Mara Lucia.
Diante das dificuldades, histórias como as de Mara Lucia, Eliane e Daise evidenciam que a enfermagem transcende uma mera profissão: é um ato diário de entrega e humanização. São profissionais como elas que mantêm viva a missão de cuidar — mesmo nas situações mais desafiadoras.