Moradora de Nova Iguaçu Prepara Café da Manhã Especial em Homenagem ao Dia do Gari

A professora aposentada, Dona Rosalina Amélia de Almeida Estrela, de 75 anos, possui um compromisso agendado todas as manhãs de terça-feira. Ela prepara um café da manhã especial para acolher um grupo que considera como parte da família. Quando o caminhão da Limpeza Urbana de Nova Iguaçu aparece na Rua José Arcas, no bairro Caonze, uma mesa repleta de salgadinhos, bolo de abacaxi, canjica, suco de maracujá e café aguarda os garis.

“Quando os garis passam em frente à minha casa, às 9h, eu os recebo com um café especial. É uma maneira de homenageá-los, pois eles são atenciosos e estão sempre sorrindo. Faça sol ou chuva, eles realizam seu trabalho com dignidade. Os garis são cruciais para a comunidade, pois mantêm nossas ruas limpas”, relata Dona Rosalina.

Na terça-feira passada (13), a recepção teve como objetivo comemorar o Dia dos Garis, celebrado nacionalmente nesta sexta-feira (16). Em Nova Iguaçu, a equipe da Limpeza Urbana é responsável pela coleta periódica de lixo e pela varredura das vias e calçadas, recolhendo uma média mensal de 36 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos.

“Os garis exercem uma função fundamental para o bem-estar da população e a conservação do meio ambiente. Um gari é muito mais do que alguém que limpa as ruas; ele é encarregado de manter a cidade limpa, segura e saudável, além de prevenir a proliferação de doenças, obstruções de bueiros e a degradação de espaços públicos. Cada rua limpa é um gesto diário de cuidado com a coletividade”, afirmou a assessora Técnica Especializada da Secretaria Municipal de Serviços Delegados, Anna Clara Ramos.

Edmilson Francisco, de 39 anos e gari há oito anos, destacou que o trabalho da Limpeza Urbana em Nova Iguaçu não se limita ao cotidiano, podendo também ser emergencial em situações críticas.

“Os moradores podem contar conosco a qualquer momento do dia. Estamos prontos para atuar mesmo em dias de emergência. Coletamos o lixo nas residências e nas ruas para assegurar que tudo fique em ordem. Nossa função é complexa, mas realizada com dedicação”, declarou o gari, fazendo um apelo: “É fundamental que os residentes não descartem materiais cortantes inadequadamente no lixo para preservar a segurança de nossas mãos.”

Para Letícia de Farias Moura, de 37 anos, que há 11 anos efetua a varrição das ruas de Nova Iguaçu, seu trabalho representa uma forma de terapia, especialmente ao final do dia, quando observa limpos os espaços que cuida.

“Da Rua Otávio Tarquino até a Rua Coronel Francisco Soares, a área que varro, gosto de ver o chão impecável, livre de sujeira. O que mais encontro no chão são bitucas de cigarro, copos de bebidas e sacolas plásticas. Há dias em que chego aqui para trabalhar desanimada e termino o dia satisfeita por ter limpado as ruas. É uma terapia cotidiana. É gratificante perceber que nosso trabalho é valorizado”, destacou.

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