No domingo, a trilha sonora será proporcionada por artistas como: Lucas Fernandes, Dayô, Laizz, Jéz, Gabé, Dionísio Bxdeus, MoonJay, Rodrigo Caê e DosAnjo. O lineup oficial dos residentes do Festival já é uma ”menina dos olhos” do público, mas a recente novidade adorada por todos é o ”Palco de Cria” – um espaço com microfone aberto destinado a artistas que desejam se apresentar pela primeira vez.
Além das atrações musicais ao longo dos dois dias, os visitantes poderão desfrutar da Feira Criativa, que conta com expositores locais, o ‘CaleidoKids’, um espaço lúdico voltado para crianças; Gastronomia das Ruas, com delícias típicas e sabores da periferia, o Café com Livros (uma loja com produtos do Enraizados), a intervenção artística do Sarau Poetas Compulsivos (um momento tradicional de poesia falada), a Batalha de MCs e Slam Morro Agudo, o Projeto Teatro Nômade (com apresentações da trupe local) e a Exposição imersiva/colaborativa “Vidas em Suspenso”, que compila fotos e vídeos de enchentes, queimadas e escassez de água, retratando as emergências climáticas enfrentadas nas periferias brasileiras – em especial na Baixada Fluminense.
Outro ponto de destaque do Festival são as duas masterclasses que ocorrerão pela manhã em ambos os dias, abordando temas como racismo ambiental e ansiedade climática. As aulas fazem parte da campanha Vidas em Suspenso, que busca estimular a elaboração de narrativas periféricas sobre as crises climáticas que já afetam nosso dia a dia.
O Caleidoscópio é também o resultado prático do CPPEC – Curso Prático de Produção de Eventos Culturais, onde os alunos aprendem e realizam todas as etapas de um evento cultural de médio porte: da concepção à curadoria, das visitas técnicas à gestão de equipes.
O fundador do Instituto Enraizados, o rapper e pesquisador Dudu de Morro Agudo, faz um paralelo com o cenário atual, considerando o contexto em que o Festival foi idealizado, destacando a importância de promover o encontro.
”O Festival Caleidoscópio surgiu como resposta à falta de políticas públicas consistentes para a juventude da Baixada Fluminense e ao estigma histórico de que essa região não produz nada além de violência. O festival reflete o que acreditamos: que é viável criar arte de qualidade, formar novos produtores culturais, gerar renda na comunidade e ampliar as perspectivas para nossa gente. Portanto, mais do que nunca, ele precisa continuar existindo”, declarou.
O Festival Caleidoscópio é uma iniciativa do CPPEC – Curso Prático de Produção de Eventos Culturais, organizado pela Hulle Brasil e realizado pelo Instituto Enraizados, com patrocínio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e do Governo do Estado do Rio de Janeiro.