“Recebi o diagnóstico de câncer em 2022, quando tinha 25 anos. Para mim, esse período foi mais tranquilo porque contei com o suporte de toda a família e a doença foi descoberta em um estágio inicial. Quando recebemos esse apoio familiar e da equipe médica, tudo se torna mais suportável. No meu caso, não foi realizada nenhum tipo de cirurgia devido à fase em que o câncer se encontrava. Passei por radioterapia, quimioterapia e, logo em seguida, fui submetida à braquiterapia. De todo o processo, a braquiterapia foi a parte mais desafiadora devido às anestesias, mas tudo ocorreu bem e me sinto significativamente melhor. Atualmente, estou em monitoramento e todos os exames indicam que estou livre da doença.” relatou Jessica, emocionada.
Ana Hernani, Coordenadora dos Cuidados Paliativos e responsável pela Oncoginecologia no HGNI, foi quem orientou todo o tratamento de Jessica. Ela explanou sobre como a doença se desenvolve e a importância vital de sua detecção em estágios iniciais.
“Na maioria dos casos, a doença está relacionada à infecção pelo vírus HPV, contudo, nem todos que o contraem irão desenvolver câncer. Inicialmente, ele provoca apenas lesões precursoras, que, se não forem identificadas e tratadas, podem evoluir para o câncer de colo uterino. A princípio, ele é assintomático, mas, ao longo do tempo, com a persistência do vírus nas células do colo, sua estrutura é alterada, levando as lesões precursoras não tratadas a se modificarem e se transformarem em tumoração, causando os sintomas.” explicou.
Câncer de colo de útero foi tema de palestra educativa no HGNI
O Hospital Geral de Nova Iguaçu promoveu uma palestra com médicos especialistas que abordaram a conscientização sobre o câncer de colo de útero. O evento teve como público-alvo os colaboradores da instituição, permitindo um aprendizado abrangente sobre a importância dessas iniciativas preventivas.
“É essencial que falemos mais sobre a prevenção e a detecção precoce do câncer de colo uterino. Precisamos também destacar a importância de realizar avaliações e exames periódicos com o serviço de ginecologia e enfatizar a necessidade de vacinarmos nossas crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos. O câncer de colo uterino é uma doença evitável e poderá ser erradicado se seguirmos com todas as ações que podemos contra esse vírus.” ressaltou Ana Hernani.
A vacina contra HPV, disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos, é a principal estratégia para prevenir e reduzir a incidência e a mortalidade relacionada ao câncer de colo de útero no futuro. É necessário receber a segunda dose após 6 meses. A listagem completa dos postos de vacinação em Nova Iguaçu pode ser acessada através do link: https://www.novaiguacu.rj.gov.br/semus/vacinacao/rotina/.