Internações por Acidentes de Moto Disparam no Hospital Geral de Nova Iguaçu e Chamam Atenção para a Segurança no Trânsito

“Os incidentes de motocicleta que chegam ao hospital têm atraído atenção pela gravidade. Muitos motoristas apresentam traumatismos cranianos, fraturas expostas severas nos braços ou nas pernas, que podem resultar em fatalidade, invalidez ou sequelas permanentes. A conscientização acerca desse assunto é crucial para preservar vidas”, elucidou o secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu e médico ortopedista, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.

Os acidentes envolvendo motocicletas dominam as estatísticas de atendimentos de emergência no HGNI, superando em mais do que o dobro o segundo colocado, que compreende os acidentes automobilísticos. A maior parte desses incidentes ocorre durante os fins de semana. Ademais, muitos motociclistas apresentam características como conduzir sem habilitação, sob efeito de álcool ou sem o uso adequado de capacetes, luvas e roupas apropriadas.

“A ausência dos equipamentos de proteção aumenta significativamente o risco de lesões em uma colisão ou queda de motocicleta. O atendimento médico de urgência se torna mais complicado, prolonga o tempo de internação e, em alguns casos, eleva o risco de morte,” declarou o diretor-geral do HGNI, Ulisses Melo.

Motociclista acidentado afirma que “renasceu”

Um momento de enorme apreensão levou Sebastião Dias de Oliveira, de 51 anos, a tomar uma decisão drástica: vender sua motocicleta. No dia 22 de fevereiro, ele sofreu um acidente grave na Rodovia Presidente Dutra. Mesmo utilizando todos os equipamentos de segurança, o paciente experimentou uma fratura exposta no fêmur esquerdo e foi submetido a uma cirurgia, permanecendo internado por 22 dias.

“Eu estava na Dutra e outra motocicleta colidiu comigo. Só me recordo disso do acidente; fiquei inconsciente e só voltei a ter consciência no hospital. O impacto foi tão intenso que parecia que haviam batido um martelo no meu capacete. Senti uma dor insuportável. Apenas me lembro do médico dizendo, já no hospital, que eu ‘nasci de novo’ por ter sobrevivido a isso. Não desejo andar de moto nunca mais,” salientou.

O médico coordenador dos serviços de ortopedia e traumatologia do HGNI, Rodrigo Petito, avaliou o perfil dos pacientes que necessitam de atendimento devido a acidentes de motocicleta e destacou que, assim como o número de internados aumentou, também têm crescido as cirurgias para esses casos.

“Notamos um aumento considerável no número de internações por esses casos aqui no centro de trauma do hospital. Em consequência, houve uma maior demanda por serviços de ortopedia para cirurgias de emergência, especialmente em casos de fraturas expostas, bem como nas cirurgias definitivas. As fraturas de tíbia e fêmur são as mais frequentes, e o tempo de recuperação pode variar até seis meses,” concluiu.

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