“As comunidades periféricas possuem suas narrativas, suas pessoas e sua cultura. O fotógrafo popular revela aquilo que permanece oculto, como o dia a dia das pessoas, os vínculos familiares, a efervescência cultural e política, além das representações visuais de origem africana na Baixada Fluminense,” ressalta Antonio Dourado.
“Trazer à luz o cotidiano da Baixada Fluminense é relatar as histórias que foram silenciadas e, se a população puder visualizar essas imagens em uma galeria, isso adquire o significado de valorizar a expressão estética e fortalecer as vozes da região,” acrescentou.
Sobre o Artista
Sentindo a falta de registros fotográficos de seus avós e bisavós, Antonio Dourado, ainda aos 12 anos, encontrou na fotografia uma forma de preservar a memória de seus antepassados. O jovem começou a se dedicar a eternizar momentos familiares, resgatando o que era significativo para ele. Suas primeiras lições foram de natureza autodidata, mas o artista prosseguiu aprimorando suas competências ao se aprofundar em estudos que lhe permitiram desenvolver um olhar mais aguçado sobre o cotidiano, firmando sua trajetória como fotógrafo.