“É imprescindível que a Light aprove a edificação dos piscinões. Por essa razão, realizamos uma reunião com a equipe técnica da concessionária para dar prosseguimento à análise de viabilidade elaborada pela PUC-RJ. Estas estruturas de retenção serão essenciais para que possamos mitigar os problemas provocados pelas chuvas, enquanto continuamos cobrando dos governos Estadual e Federal a implementação do Projeto Iguaçu”, declarou Dudu Reina.
A Prefeitura de Nova Iguaçu está há três anos desenvolvendo o plano de criação dos piscinões, mas não consegue avançar no projeto sem a devida autorização da Light, proprietária do terreno. Durante o encontro, o município apresentou uma proposta à equipe técnica da concessionária, visando alinhar as ideias de ambas as partes e chegar a um consenso.
“Nosso plano contempla a construção de seis estruturas de retenção, todas localizadas ao longo da Via Light, sendo a primeira delas próxima ao viaduto Dom Adriano Hipólito. Essas áreas irão acumular uma grande quantidade de água, reduzindo o fluxo que chega ao Rio Botas. Com os piscinões, o volume de água será retido para que possa escoar pelo rio de maneira gradual, diminuindo sua elevação e, por consequência, a chance de transbordamento”, detalha a assessora de Projetos Especiais, Cleide Moreira.
A eficácia da canalização do Botas está ligada ao Projeto Iguaçu
Enquanto aguarda a autorização da Light e a execução do Projeto Iguaçu, a Prefeitura busca alternativas que possam atenuar o problema das inundações. Uma delas foi a realização da obra de canalização do Rio Botas, que inclui o alargamento da calha de sete para 14 metros em um trecho de 1,2 km entre Ouro Preto e Comendador Soares, aumentando a profundidade de 1,5m para 3m.
Para a execução dos serviços pela Secretaria Municipal de Infraestrutura, a prefeitura demoliu quase 400 edificações irregulares às margens do rio, forneceu novas moradias a 335 famílias e compensou outras 61. Além disso, a limpeza dos rios, canais e desobstrução de bueiros é feita de forma regular.
No entanto, para que a canalização do Botas atinja a eficácia desejada, é crucial que o Projeto Iguaçu se torne realidade, inicialmente estimado em R$ 1 bilhão e que requer o apoio do Estado e da União para sua realização. O projeto consiste na construção de barragens e criação de reservatórios, entre outras medidas que poderão evitar o transbordamento do rio. A obra deve ser realizada desde a desembocadura na baía de Guanabara, em Duque de Caxias, passando por Belford Roxo até chegar a Nova Iguaçu. Desta forma, três milhões de habitantes em seis municípios da Baixada seriam beneficiados.
