Prefeitura de Nova Iguaçu e Light Iniciam Negociações para Construção de Piscinões e Combate às Enchentes

Nova Iguaçu avançou em sua busca por iniciativas que possam mitigar os estragos causados pelas intensas chuvas, como as que impactaram a cidade na última quarta-feira (29). Na manhã desta sexta (31), o prefeito Dudu Reina se reuniu com o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Adilson Faria, e representantes da Light para discutir a criação de caixas de retardo, popularmente conhecidas como piscinões, que conseguem reter grandes volumes de água.

O encontro ocorreu no terreno onde a Prefeitura planeja implantar o reservatório, uma área pertencente à Light, situada na Rua Coronel Bernardino de Melo, adjacente ao Viaduto Dom Adriano Hipólito, conhecido como viaduto do antigo Extra, no bairro da Luz. Também participaram da reunião a assessora de Projetos Especiais, Cleide Moreira, assim como os secretários municipais de Infraestrutura, Paulo César de Souza, e de Agricultura e Meio Ambiente, Edgar Martins.

“É imprescindível que a Light dê sua autorização para a construção dos piscinões. Por isso, promovemos uma reunião com a equipe técnica da concessionária para avançar nos estudos de viabilidade realizados pela PUC-RJ. Esses equipamentos de retardo serão cruciais para que possamos atenuar os problemas gerados pelas chuvas, enquanto continuamos a reivindicar às esferas Estadual e Federal a implementação do Projeto Iguaçu”, afirmou Dudu Reina.

A administração de Nova Iguaçu tem se empenhado nos últimos três anos na elaboração do projeto para os piscinões, mas não pode progredir enquanto não obtiver a autorização da Light, proprietária do terreno. No encontro, o município apresentou uma proposta à equipe técnica da concessionária com a intenção de alinhar os objetivos de ambas as partes e encontrar um consenso.

“Nosso plano inclui a edificação de seis caixas de retardo, todas distribuídas ao longo da Via Light, sendo a primeira delas estrategicamente situada ao lado do viaduto Dom Adriano Hipólito. Essas áreas têm a capacidade de acolher um grande volume de água, diminuindo a quantidade que flui para o Rio Botas. Com a implementação dos piscinões, a água seria retida, permitindo que escoe gradualmente pelo rio, reduzindo sua elevação e, assim, as chances de transbordamento”, esclareceu a assessora de Projetos Especiais, Cleide Moreira.

Eficiência da canalização do Botas depende do Projeto Iguaçu

Em meio à espera pela autorização da Light e a execução do Projeto Iguaçu, a Prefeitura continua procurando soluções que ajudem a diminuir os problemas provocados pelas inundações. Uma das ações implementadas foi a canalização do Rio Botas, que incluiu o alargamento da calha de sete para 14 metros em um segmento de 1,2 km entre Ouro Preto e Comendador Soares, aumentando a profundidade de 1,5m para 3m.

Para que esta tarefa fosse realizada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura, a prefeitura teve que demolir cerca de 400 edificações irregulares nas margens do rio, além de fornecer novas moradias a 335 famílias e compensar outras 61. Ademais, a limpeza dos rios, canais e desentupimento de bueiros é feita regularmente.

Entretanto, para que a canalização do Botas atinja a eficiência esperada, é essencial que o Projeto Iguaçu seja efetivamente implementado. Este projeto, estimado inicialmente em R$ 1 bilhão, demanda o apoio do Estado e da União para sua realização. A proposta envolve a construção de barragens e a criação de reservatórios, entre outras ações que poderão prevenir o transbordamento do rio. A obra deve ocorrer desde a desembocadura na baía de Guanabara, em Duque de Caxias, passando por Belford Roxo até chegar a Nova Iguaçu, beneficiando dessa forma três milhões de pessoas em seis municípios da Baixada.

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