“O Acidente Vascular Cerebral é uma patologia de saúde extremamente grave. Em nossas unidades de emergência, adotamos protocolos assistenciais para reconhecer mais rapidamente o conjunto de sinais, dado que o tempo é um fator crucial para um prognóstico favorável no tratamento do paciente”, esclarece o secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.
Em comemoração a esta data, o HGNI realizou um evento de capacitação, orientação e informação para os colaboradores sobre os sinais, sintomas, conscientização e prevenção da condição. A atividade também contou com a participação da enfermeira Andressa Amaral, integrante da iniciativa ANGELS, um projeto que capacita e apoia centros de saúde que atendem pessoas com AVC. Os médicos do HGNI, Carlos Henrique Melo Reis, neurologista, Stephanie Queiroz, neurocirurgiã, e Kléber Santos, coordenador da emergência, também participaram da roda de conversa.
O aposentado Paulo Sérgio Pereira Sigolis, de 68 anos, que ficou hospitalizado no HGNI por cinco dias após sofrer um AVC, relatou como enfrentou a doença. Ele compartilhou que seus sintomas começaram com intensas dores de cabeça no lado esquerdo, seguidas pela dificuldade em mover a mão e segurar objetos. Se não fosse pela prontidão do seu filho em levá-lo à emergência, Paulo assegura que poderia ter enfrentado sequelas mais severas.
“A agilidade no atendimento do hospital foi o fator chave e eu sou imensamente grato. Foi isso que salvou a minha vida”, afirmou ele. “Recomendo a todos que procurem um médico para consultas regulares, pois o que aconteceu comigo foi muito repentino”.
Compreenda mais sobre o AVC
O AVC pode ser classificado em dois tipos principais: isquêmico e hemorrágico. O tipo isquêmico é o mais frequente, representando cerca de 87% dos casos. Acontece quando há uma obstrução em uma artéria devido a um coágulo, bloqueando a passagem de oxigênio para o cérebro. Por outro lado, o tipo hemorrágico ocorre quando esse mesmo vaso sanguíneo se rompe, provocando sangramento. Este é uma variante mais grave, que pode requerer intervenção cirúrgica. Exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética do crânio, são cruciais para a confirmação do diagnóstico.
“É de extrema importância que, ao suspeitar ou apresentar sintomas compatíveis com o AVC, o paciente busque imediatamente uma emergência para que possa ser tratado de forma rápida, aumentando as chances de diminuição das sequelas”, salienta o diretor-geral do HGNI, Ulisses Melo.
Entre os sinais e sintomas da patologia estão: fraqueza ou dormência repentina, geralmente em um lado do corpo, como rosto, perna ou braço; confusão mental; dificuldade para falar ou compreender instruções; alterações na visão; perda de equilíbrio ou coordenação. A prevenção é realizada através do controle da pressão arterial, glicemia, consultas médicas periódicas, prática de atividades físicas e uma alimentação equilibrada.
